Enquanto os carros passam em minha volta, vejo dois garotos em suas bicicletas. Seriam apenas dois garotos, se não fossem os mesmos que assaltaram minha mãe na noite anterior. Um deles passou como um vulto pelo pára-brisa, mas o outro, ainda consigo lembrar seu rosto, olhos azuis, cabelos loiros. Senti um frio na barriga, senti que iam nos assaltar novamente, mas ainda bem, não foi o que aconteceu! Agora me questiono as perguntas que muitos de nós nos fazemos várias vezes: Será que não tem mais jeito para essa onda de assaltos e violência? Será que todos nós cidadãos de bem, ficaremos sempre a mercê desses outros cidadãos, que tentam justificar o roubo com o motivo de serem marginalizados pela sociedade por causa de sua classe social? Às vezes eu perco as esperanças de consertar esse mundo, mas depois eu penso que se eu pensar assim as coisas vão mesmo ficar como estão, é nosso dever como cidadãos denunciar, é nosso dever como jovens lutar por um país melhor.